#2 Papo de Quintal: potência criativa brasileira domina 1º dia de Cannes
- Michael Fonseca Santos
- 17 de jun.
- 2 min de leitura

Olá, Brasil! Bonjour, Cannes!
A 72ª edição do Festival Internacional de Criatividade de Cannes finalmente começou e com o pé direito. Nessa edição, temos o Brasil com grande destaque. Por aqui, estamos animados com o que esse ano tem reservado - contagem regressiva para o grande momento do This Is Gambiarra!
Mas sem muita enrolação, vem conferir o que rolou no primeiro dia de Cannes.
Criatividade X Inteligência Artificial
Mesmo com o avanço da tecnologia, principalmente das IA (Inteligência Artificial) sendo o assunto do momento, a criatividade continua tendo seu papel de destaque e relevância na indústria, gerando discussões relevantes para a sociedade.
Como prova disso, no início do dia os participantes tiveram a oportunidade de ouvir Tor Myhren, VP de Marketing da Apple. Ele apresentou insights importantes sobre tecnologia X publicidade. Para ele, a inteligência artificial não vai matar a publicidade, mas também não será sua salvadora. O VP da Apple comentou que mesmo com as mudanças do mercado publicitário a criatividade continua sendo o coração da publicidade e o olhar humano (ainda) não pode ser replicado pela máquina.
Ainda sobre o olhar humano, rolou um papo sobre storytelling com Dana Walden, Dan Fogelman e Randall Pearson Sterling K. Brown, que tocou muito no ponto de que para uma história funcionar ela precisa partir do real e não ter os algoritmos como protagonista.
Ao longo do dia, tivemos diversos brasileiros no palco de Cannes levando debates relevantes sobre o mercado criativo brasileiro. Em um deles, tivemos dois dos principais apresentadores da Globo, Maju Coutinho e William Bonner, que se juntaram com Anselmo Ramos, cofundador da Gut, Sergio Gordilho, fundador e CCO da Africa Creative, e Keka Morelle, CCO da Ogilvy América Latina.

O painel abordou a relação cada vez mais próxima da Globo com a publicidade, que também é um dos parceiros oficiais do Festival em 2025. O painel também discutiu como tem sido o processo de equilibrar criatividade com performance e como a inteligência artificial vem exigindo mais sensibilidade e visão das lideranças.
Aliás, Maju Coutinho e Bonner deram uma passada no nosso Quintal para compartilhar suas visões sobre a Gambiarra. Da uma olhada lá no @arrobaquintal para conferir.
Ainda sobre a potência da criatividade brasileira, o pessoal da Digital Favela, juntamente com Thamara Pinheiro, da AUE, abordou como as quebradas do nosso país estão inovando, mas ainda não recebe a devida atenção da indústria criativa. O painel veio para reforçar que as periferias não são tendência, são potências criativas - alô mercado, bora dar uma atenção.

E o Grand Prix é do Brasil!
Para quem não sabe, além de debates relevantes para o mercado criativo, Cannes também é conhecido como o “Oscar” da publicidade.
O Brasil fez seu papel de ser dono do mundo e foi destaque! Nossos representantes estão dando o nome e logo no primeiro dia o Brasil somou 1 Grand Prix, 3 Ouros, 6 Pratas e 10 Bronzes. O destaque vai para a Africa Creative estreou na premiação com um Grand Prix da área de Audio & Radio, com o case “One Second Ads”, para a Budweiser.
E como brasileiro ama uma baguncinha, no final do dia rolou ainda um coquetel com uma apresentação de Carnaval, apresentado pela galera da Baixa da Augusta.

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